Page 30 - VIVENDO E APRENDENDO
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VIVENDO E APRENDENDO
Montes Claros”, de sua autoria e no livro “Montes Claros, sua histó-
ria, sua gente e seus costumes”, de autoria do historiador Hermes de
Paula. Tem seus quadros vendidos na França, Estados Unidos e em
Portugal, onde se encontra seu segundo quadro pintado, um primiti-
vo. Seu estilo é definido como barroco ou hiper-realista e ainda traz
traços de ingenuidade marcados em sua primeira fase. Conforme
conta ele próprio, seus quadros atualmente são mais de seiscentos e
estão espalhados por vários estados, principalmente em São Paulo.
Sobre as muitas experiências adquiridas ele destaca uma no Distrito
Federal, no ano de 1978, quando enfrentou 75 concorrentes em um
concurso lançado pela Sociedade de Artistas Plásticos, no qual saiu
finalista com um quadro pintado em cinco horas enfocando o Palácio
do Itamarati. Foi o organizador da mostra inaugural de arte do Centro
de Extensão Cultural, em maio de 1979. Sua participação na Feira de
Arte da Praça Dr. Chaves é cotada como 100% desde que iniciou até
o presente momento.
Sobre seu estilo, que sofreu inicialmente, influência de Go-
dofredo Guedes, Konstantin Christoff, Samuel Figueira e Raimundo
Colares e, aos poucos, foi adquirindo feição própria. Ele faz questão
de frisar a firmeza de seu estilo para não confundir com nenhum dos
seus orientadores. Quanto a seu método Wanderlino Arruda diz: “Não
uso cavalete, normalmente. Prefiro a superfície plana para apoiar a
tela, talvez forçado pelos anos de experiência de escritório, sempre
trabalhando em mesas. Acho melhor a visão da superfície, na ho-
rizontal. Trabalho sempre de pé para facilitar a visão em todos os
ângulos. Não tenho compromisso de executar a pintura nos moldes
acadêmicos, ou seja, de faze-la de cima para baixo e da esquerda
para a direita. Às vezes até começo os meus quadros de baixo para
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