MARIA LUIZA, AMIGA E MESTRA
Maria Luiza Silveira Teles vê o mundo como passível de mudança e sabe que a única forma de muda-lo é formar educadores conscientes, moldando-os para o respeito e para a esperança. Sua posição foi sempre a de quem tem compromissos com o amor em tempo integral, se possível, tanto no aprender como no ensinar. Nunca dissociou o saber do saber fazer, nunca se esqueceu do gostar da vida. Em Maria Luiza, a pessoa humana precisa ser sempre o sujeito da história, ou das estórias. Nela é vívida e vibrante a visão crítica do ensino-aprendizagem, com educadores e educandos espelhando brilho e encantamento, personalíssimos olhares e audições.
Mais do que poderia Rubem Alves filosoficamente confirmar, Maria Luiza é e será sempre mediadora de esperanças, fundadora de mundos, pastora de projetos. Sempre arquiteta da melhoria de vida de tudo quanto foi gente que passou por sua sala de aula. Deu aulas particulares dos dez aos dezoito anos: português, matemática, inglês e latim, e seus vitoriosos alunos jamais se esquecem dela. Além de doces lembranças do charme e da beleza da professora, eles levam pela vida muito amor e gratidão, pois apaixonados e admiradores. Já na Faculdade, no terceiro ano de Pedagogia, Maria Luiza foi monitora de Psicologia e Sociologia, tempo também de muito encanto. “Meus alunos e professores fizeram de mim a pessoa que sou” – diz ela agradecida. Como Paulo Freire, sabe que o ato de educar não é profissão, é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança.
Minha amiga sempre amou o ser humano, sempre aspirou vê-lo crescer, sempre teve paixão pelo ensino, nunca dissociando a disciplina dos valores pessoais e da postura ética. Uma sonhadora, uma visionária do bem, poetisa de todas as belezas do viver e do conviver. Mulher e mestra sempre revestida de fé e de coragem!
“Eu, embora me aposentando da escritura pedagógica, continuarei acreditando na humanidade, na superação de uma ordem social injusta e numa Educação verdadeiramente nova em que o aluno seja realmente o centro de todos os objetivos, em que a relação educador/educando seja um terreno fértil de amor, sonhos, utopias, respeito, prazer, esperanças, vida intensa e realizações”.
Afinal, para Maria Luiza, a característica principal do ser humano reside na capacidade de amar, que implica saber cuidar, acolher, perdoar, compadecer-se, ter empatia, ternura, compartilhar, inter-agir, cooperar. Assim como disse Vinicius de Moraes: “... a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu”.
Ontem e hoje continuo pedindo a Deus para iluminá-la sempre. Um fraterno abraço, querida amiga, querida mestra!