Page 140 - VIVENDO E APRENDENDO
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VIVENDO E APRENDENDO
Olímpia, Rízzia, Jonathan e Andrew, gente do coração, companheiros
de viagem, que engrandecem o ato de viver.
Nunca me esqueço da primeira viagem por lá, principalmente
de Dulce Sarmento e Antônio Ramos, hoje amigos no plano das sau-
dades. Que bons colegas e quanta jovial sinceridade naqueles dois!
Como amavam a vida! Fazia gosto vê-los quedados diante da beleza,
emudecidos de emoção diante do bem. Antônio Ramos era homem
de conhecer o que havia de melhor no mundo e por isso, era viajante
incansável ao lado de D. Flora, sua mulher. Dulce Sarmento, a arte
personificada, uma fé que beirava à santidade, tinha na balança do
belo a leveza dos anjos! Foi assim, no passado e agora, no meio de
grupos admiráveis que vi Lisboa, Sintra, Cascais, Coimbra, Setúbal,
Alcobaça, Almada, Fátima, Queluz, Santarém, Batalha, cidades que
mais encantam os brasileiros e conosco se encantam também.
Não posso calcular no quanto a modernidade política tenha
modificado a capital e o povo da nação portuguesa, depois da desco-
lonização da África da volta dos retornados e do surto econômico da
União Europeia. Mas, por mais que tudo isso tenha feito, acredito que
Portugal ainda é um país tradicional, bonito e charmoso para nunca
se esquecer! Por lá, passei também duas vezes sozinho, solitário,
ruminando emoções no Castelo de São João, nas ruas estreitas de
Alfama, nas margens do Tejo, na Estufa Fria, às margens da Avenida
da Liberdade e até no barulho das Praças do Comércio e dos Restau-
radores. É preciso tempo e coração para descobrir, conhecer Lisboa,
eterna menina e moça, linda e encantadora. Como é gostoso ouvir os
falares do povo, principalmente os mais novos, os que, namorando,
falam com a melodia do amor! Como é bonito o idioma português
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