Page 119 - VIVENDO E APRENDENDO
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O BAR GUARANI DE VADINHO









                    lton Jackson ao me fazer um pedido para escrever sobre a Rua
                    Doutor  Santos,  deixou-me  na  liberdade  de  voltar  ao  assunto
              Equantas vezes forem necessárias, pelo menos até a hora em

               que eu chegar na esquina do Hotel São José, onde morei muito tem-
               po. Na primeira crônica, como não podia ser, procurei avivar todas as
               lembranças que marcaram a história recente do quarteirão do Hotel
               São Luiz, quando ficava de um lado o Bar de Manoel Cândido e, do
               outro lado, o Banco de Crédito Real, tudo muito próximo da área dos
               aflitos. Fui subindo, esquina por esquina e, agora, já estamos entre
               as ruas D. Pedro II e Dom João Pimenta, pedaço de mundo que me

               marcou profundamente, pois, ali passei alguns dos melhores mo-
               mentos de minha vida de estudante e comerciário, de jovem repórter
               e de soldado do Tiro de Guerra, além das muitas atividades como
               radialista amador e como líder estudantil no Diretório dos Estudantes.
               Foi neste quarteirão que, de 1951 a 1954, morei nas pensões de D.
               Ismênia Porto e D. Duca Guimarães, levantando-me sempre pelas
               madrugadas para aprender as matérias das provas do Colégio Dio-
               cesano e do Instituto Norte Mineiro.

                     Era quase na esquina da Rua D. João Pimenta que ficava o Bar
               Guarani, um boteco alegre e bem frequentado desde os dias de sua

               fundação, pelos idos de 1950. Pequeno, de poucos metros quadra-

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