Page 132 - VIVENDO E APRENDENDO
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VIVENDO E APRENDENDO
da eterna França. É como se estivesse no espírito dos cabarés de
Paris, no Olímpia, o máximo da glória de toda a arte, muito mais do
que o Carnegie Hall ou qualquer outro teatro do mundo, inclusive o
Nacional de Brasília, em que estamos presentes.
Ouço e vejo Piaf e me transporto numa doce saudade para
as ruas parisienses, as praças, os monumentos, os «boulevards”,
os museus. Sinto no acordeom, na harmonia do fundo musical, e
atmosfera de cultura, do gosto de sensibilidade que os franceses sa-
bem cultivar com tanto amor. Vejo me no alto da Torre Eiffel, no Arco
do Triunfo, na Place de la Concorde” na Pigale, no Sena, dentro de
um bateau mouche, na Nôtre Dame, nos teatros de revistas, no Lou-
vre, no meu modesto hotel de viajante solitário e muito feliz. Vejo-me
correndo do frio, embevecido com o colorido das luzes, das bancas
de jornais e revistas, das bancas de frutas vermelhinhas, com os
brilhos dos restaurantes e cafés, ah! os cafés! Vejo-me envolvido
com a alegria das crianças e a beleza magra das mulheres, com a
diversidade de tipos, com as roupas que estrangeiros e franceses
desfilam nos passeios e jardins. Sonho e vejo!
E depois de tudo, emocionado, agradeço à arte de Bibi e a
oportunidade de estar em Brasília. Nada melhor do que matar uma
saudosa saudade!
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