Page 134 - VIVENDO E APRENDENDO
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VIVENDO E APRENDENDO
como a dizer que eu estava no meio de amigos, não devendo temer
mal nenhum, e ao contrário, pudesse rejubilar-me de ser participante
de uma assembleia composta só de gente portadora dos melhores e
maiores méritos, de membros de uma sociedade milenar e de muito
bom exemplo em toda a história do mundo. Mais distantes, mais ca-
lados, Antônio Franco Amaral, Antônio Aquino, Raulemar do Conto,
Djalma Coelho, Rodolfo Cândido, Antônio Pernambucano, Antônio
Cassimiro, Tasso Rodrigues, Pedro Paulo e Paulo Pedro Costa, Ne-
nenzinho, e o meu quase conterrâneo Joviniano Ramos, todos curio-
sos e contentes com sorrisos de quase mistério.
Se dependesse só da memória, não sei se poderia hoje des-
crever todos os acontecimentos da noite, tão bonitos, tão fartos pela
rápida sucessão, tão harmoniosos no conjunto, assim como a servir
de eternos lembretes para uma vida de real fraternidade. Sei que não
devo ter falhado em nada da confiança que em mim depositavam,
porque também sabia que a seriedade dos meus acompanhantes não
deixava dúvida quanto à importância do momento.
Deve ter sido um caso de confiança mútua, assim de conivente
compreensão de ambas as partes, cada lado procurando demonstrar
maior lealdade, pois, no fim, saímos todos para um jantar no Restau-
rante Mangueira, na Rua Dr. Santos, um encontro bastante amigável.
Pergunto a mim mesmo se tenho saudades dos meus primei-
ros tempos de Deus e Liberdade, um pequeno grupo empenhado em
desenvolver um trabalho social de grande alcance, onde a lembran-
ça de Chico Tófani, Francolino Santos, João de Paula, trabalhadores
de muitos anos, era sempre uma constante, nunca esquecidas por
Fernando Jabbur, Almerindo Brito, Alício Mendes, entre os amis vivi-
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