Page 133 - VIVENDO E APRENDENDO
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NA LOJA MAÇÔNICA DEUS E LIBERDADE
oi numa sexta-feira do mês de agosto do ano de mil novecentos
e sessenta e três a primeira vez que vi as luzes do velho tem-
Fplo da “Deus e Liberdade”, ainda na Cel. Joaquim Costa, onde
fica hoje o Colégio São Norberto. Minha impressão inicial era de que
estava num pequeno cômodo quadrado, com cadeiras altas, gente
sentada ao redor coladas às paredes, falando uma linguagem teatral
numa espécie de fogo cruzado, todos muito interessados em conhe-
cer os profanos cada qual querendo saber mais sobre o que pen-
savam a respeito de uma série de coisas do passado e do atual. As
vozes eram todas minhas conhecidas, nenhuma sem identificação,
bastante familiares para um já calejado repórter, político e sindicalista
bem entrosado em todas as camadas de pobres e ricos de nobres e
plebeus. Tudo me impressionou muito e creio que também ao Renato
Alencar, de Porteirinha, meu companheiro de posse.
Dos que falavam mais de perto, lembro-me bem do Toninho
Rebello, do Renato Alarico, do Almerindo Mendes, do Luiz de Paula,
do Geraldo Novais, do José Gomes este um mestre-sala que, parece,
complicava mais as coisas mostrando que tinha mais autoridade,
Julinho Pereira, João Murça, Arnóbio Abreu, Ewany Borges, Vadiola-
no Moreira, Tulio Felício, Cristóvão Costa Mendes, Pedro Spyer, Hélio
Athayde, João e Terezo Xavier, todos apareciam de vez em quando
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